quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Resenha e Conceito de Operation: Mindcrime, Queensrÿche


Lançado em 1988, pela banda Queensrÿche, Operation: Mindcrime foi um marco na história do metal. Por dois motivos: musicalmente, qualquer pessoa percebe o quão empolgante é o quarto álbum do quinteto; além disso, é considerado o primeiro álbum conceitual do estilo que ajudaram a criar, o progressive metal.

Operation: Mindcrime foi o responsável pela repercussão que obteve a banda nos fim dos anos 80, com sua grande aceitação por público e mídia. A análise dele será feita faixa por faixa em cima da sua envolvente história e das composições musicais em si.

I Remember Now é uma introdução que mostra Nikki (o personagem principal) num hospital psiquiátrico sob observação, já que é tido como suspeito por assassinatos de líderes políticos e religiosos. Ele começa a se lembrar de como chegou ali.

Anarchy-X é uma rápida instrumental que mostra o plano perverso de Dr. X de anarquizar a política do país.

A primeira música é Revolution Calling que começa com a bateria de Scott Rockenfield e possui um grudento refrão. Sua letra tem um teor de crítica social e política. Operation Mindcrime mostra como Dr. X recrutou Nikki, o "Anjo da Morte", para sua organização secreta, através da sua ânsia por mudanças sociais e principalmente pela sua fragilidade causada por drogas, facilitando sua dominação. Speak, com seu baixo vibrante, conta algumas intenções de alvo da "revolução": "eradicate the fascists" (erradicar os fascistas) e "we'll burn the White House down" (queimaremos a Casa Branca).

Spreading The Disease traz a personagem Mary, uma ex-meretriz. Além dela, é apresentado o Padre William que a tirou da prostituição em troca de "serviços" nada religiosos. Em The Mission, Nikki vê a paixão por Mary sua unica forma de diminuir o pesar da vida criminosa. Isso é refletido no ritmo mais melancólico da música.

Suite Sister Mary é o ponto auto, a música mais calcada em opera rock, com corais e já modelando um estilo progressivo. Nela, Geoff Tate (Nikki) faz um dueto com a cantora Pamela Moore (Mary). Dentro da história, Nikki é incubido por Dr. X de matar sua amada e o Padre William (esse foi executado com sucesso).

The Needle Lies é a mais rápida do álbum e narra a tentativa de fuga da organização por parte de Nikki, cansado de ver sangue em suas mãos. Na curta Electric Requiem, Mary aparece morta misteriosamente. Uma das possibilidades é de que ela tenha se decepcionado com Nikki após achar que ele era diferente dos outros homens que passaram por sua vida, tendo assim se suicidado. Mas é apensa uma possibilidade...

Breaking The Silence e I Don't Believe In Love são dois destaques com bons riffs e refrões poderosos. Na primeira, Nikki é levado pela polícia por sua conduta desordeira, causada pelo desespero devido a morte de Mary, e porte de arma ilegal, arma que foi usada em crimes recentes. A segunda revela a desilusão amorosa do personagem central. Waiting For 22 e My Empty Room contam a solidão em que se encontra Nikki.

Mais um bela canção, Eyes Of A Stranger revela a forma como Mary morreu: enforcada pelo seu próprio terço. O final não é nem um pouco feliz. Nikki é levado para um manicômio por camisa de força e recebe sedativos. Ele olha no espelho e vê "olhos de um estranho". No final ele diz: "I Remember Now".

É um disco magnífico com um enredo excelente. Sua importância histórica e musical fazem deste um item obrigatório na discografia do progressive metal.


Tracklist:

I Remember Now
Anarchy-X
Revolution Calling
Operation Mindcrime
Speak
Spreading The Disease
The Mission
Suite Sister Mary
The Needle Lies
Electric Requiem
Breaking The Silence
I Don't Believe In Love
Waiting For 22
My Empty Room
Eyes Of A Stranger

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