terça-feira, 23 de novembro de 2010

Virgin Steele – The Black Light Bacchanalia [Review]

O Virgin Steele nos presenteia, quase que no final do ano, com seu 12º álbum de estúdio: The Black Light Bacchanalia, lançado via SPV / Steamhammer em 22 de outubro de 2010 na Alemanha, Áustria e Suíça, e no resto da Europa em 25 de outubro de 2010 e em 09 de novembro 2010, nos EUA.


By The Hammer Of Zeus (And The Wrecking Ball Of Thor) rasga o álbum com um som animalesco emitido por DeFeis, líder absoluto da banda, que contribuiu no álbum com todos os vocais, teclas, baixo e, como de costume, na produção. A faixa é bem rápida, explosiva, com certa dose de peso, refrão marcante, e Frank Gilchriest batendo firme na bateria, fazendo dela perfeita para abrir o álbum.

Temos depois Pagan Heart, que contrariando o nome não é nenhuma baladinha. Composta por um riff selvagem, ela não deixa perdermos o pique da primeira faixa. As várias paradas e viradas dão charme à composição.

The Bread Of Wickedness é basicamente uma continuação das faixas anteriores, bem simples ela mantém a velocidade das demais, com algumas passagens melódicas.

Em In A Dream of Fire e Nephente a sobreposição das guitarras em determinados trechos no acompanhamento do piano, que se faz mais presente a partir de agora, ao fundo, são os destaques das faixas.

The Orpheus Taboo outra ótima composição, tem uma das melhores vocalizações de DeFeis no álbum, e um dos melhores instrumentais no que diz respeito as guitarras de toda carreira do Virgin, entretanto, é somente uma preparação para o bang do álbum. É nessa faixa que, segundo DeFeis, a temática do álbum fica mais evidente: a rebelião contra a autoridade, Deus, o governo, qualquer que seja.

To Crown Them With Halos (Parts 1 And 2) é o ápice do álbum, após uma massiva introdução, temos mais um casamento entre música clássica e Heavy Metal, as orquestrações se aliam perfeitamente aos riffs pesados e rápidos. Toda qualidade instrumental dos integrantes é demonstrada nessa faixa.

Após To Crown Them With Halos, o álbum poderia ter acabado, estaríamos satisfeitos. Mas DeFeis com sua fonte inacabável de criatividade nos reservou ainda mais. The Black Light Bacchanalia (The Age That Is To Come) que dá nome ao album, é outra faixa espetacular, pesadíssima, de encher os ouvidos.

The Tortures Of The Damned, é a menor faixa do álbum e também a mais lenta, o piano e os vocais ficam enfatizados.

Mais uma demonstração do porque da escolha de Josh Block para fazer companhia a Edward Pursino é vista em Necropolis (He Answers Them With Death), o peso aliado a constante alternância de velocidade na faixa, nos remete a um som mais encorpado e seguro.

O álbum termina com Eternal Regret, bela balada, apresenta uma ótima atmosfera com DeFeis ao piano carregado de puro feeling, em alguns trechos as guitarras entram e trazem peso a faixa.

Na edição limitada Digipack, temos 2 faixas bônus: When I'm Silent (The Wind of Voices) e Silent Sorrow. Ambas são faixas mais lentas, com estruturas similares a de Eternal Regret. Ainda na versão Digipack temos "From a Whisper to a Scream (The Spoken Biography)" que é a biografia da banda contada por DeFeis.

The Black Light Bacchanalia é por fim a continuação do conto do álbum anterior Visions of Eden, e traz elementos para sua conclusão, como a morte de Lilith (To Crown Them With Halos), e também Deus, finalmente, lamentando todos os estragos que ele fez e os estragos que ele tem feito em Eternal Regret. O álbum soa mais acelerado e diversificado que o anterior, conseguindo agregar ainda mais peso e é claro, sem deixar de lado toda a parte melódica sempre presente nos trabalhos da banda. Fica evidente, que se formos tomar como parâmetro de comparação as obras-primas da banda, o trabalho vocal fica menos evidente, mas como estamos tratando de David DeFeis, um trecho com sua voz é sempre memorável. DeFeis disse que esse é um álbum de estréia para o Virgin Steele, devido a toda espontaneidade e dedicação imposta pelos integrantes da banda, que faz o álbum soar espontâneo e cru, ainda selvagem.

CD 1

01. By The Hammer Of Zeus (And The Wrecking Ball Of Thor)
02. Pagan Heart
03. The Bread Of Wickedness
04. In A Dream Of Fire
05. Nepenthe (I Live Tomorrow)
06. The Orpheus Taboo
07. To Crown Them With Halos (Parts 1 & 2)
08. The Black Light Bacchanalia (The Age That Is To Come)
09. The Tortures Of The Damned
10. Necropolis (He Answers Them With Death)
11. Eternal Regret

CD 2

01. When I'm Silent (The Wind Of Voices) (bonus track)
02. Silent Sorrow (bonus track)
03. From A Whisper To A Scream (The Spoken Biography)

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1 comentários:

Discão! Tornei-me fã dessa banda magistral há pouco mais de 1 ano. É absurdo como essa banda é injustiçada, subestimada.

É a minha banda preferida do Metal daqui pra frente, isso pq eu escuto Metal desde 1992 "apenas"...

Já gostei muito de Metallica, Judas, Sabbath...

Mas bandas como Virgin Steele, Running Wild, Manilla Road e Fates Warning são diamantes!!!

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